NOTA 129 - PRÉ-ÂMBULOS-Os primeiros passos do Homem - de Yves Coppens

1 - A vida nem sempre existiu na Terra,nasceu da matéria.A história da vida,com cerca de 4 mil
  milhões de anos,faz-nos assistir a uma transformação constante das formas que toma,no
 sentido da complexificação crescente.
2 - O homem nasce da dificuldade e teve uma origem única,tropical e africana,que se inscreveu
na imensa árvore filética que liga todos os seres vivos entre si.
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"PRÉ-ÂMBULOS-Os primeiros passos do Homem",livro de divulgação científica da área da antropologia,
escrito por Yves Coppens,foi editado em França em 1988 e possui esta edição portuguesa,que é de
Janeiro de 1990.O autor - Yves Coppens - tem 81 anos,é um historiador francês,especializado no estudo
da Pré-História e é Paleontólogo de profissão,Professor em Paris no Museu de História Natural e autor de
diversos trabalhos de divulgação científica,entre os quais,o livro "O Macaco,a África e o Homem",também
editado em português.
"PRÉ-ÂMBULOS..." reune um conjunto de textos escritos pelo autor em diversas ocasiões - prefácios e notas
a livros de outros autores;intervenções em colóquios e exposições,etc,"unificados em volta do conceito de
evolução e do conjunto de determinações que permitiram a emergência humana".
O homem é o menino das estrelas. Todos os seres vivos,sem excepção,todas as plantas,todos os animais,
mas também todos os homens que existem ou existiram,pertencem a uma única e imensa árvore genealógica;
ocupam,nesta árvore,ramos francamente diferentes,por vezes afastados uns dos outros,mas não partilham
menos,nós não partilhamos menos,todos,a mesma origem,já com cerca de 4 mil milhões de anos - é uma das
afirmações do autor.
Devemos a nossa existência à iniciativa de uma nova cozinha: os nossos antepassados,em vez de só comerem 
insectos,começaram a comer frutos,há cerca de 70 milhões de anos.
A vida tem sido um contínuo e os 70 a 100 mil milhões de homens que,em 200.000 gerações,se sucederam
na Terra,participam deste mesmo processo extraordinário.
O maior dos valores da nossa espécie - o respeito pelo outro - poderá desenvolver-se mais livremente quando
todos os homens aprenderem o que foi a humanidade desde a sua origem.
A informação do público é um dos deveres profissionais do homem de ciência. As fronteiras tranquilizam;é,no
entanto,necessário abatê-las.
E, qual é a beleza do mundo ?
- seja genética ou cultural,é,incontestavelmente,a do sorriso das suas raparigas.